O Jogo do Poder: um panorama histórico da política atual de Roteiro

Tensões, voltas e reviravoltas. Veja um panorama histórico do cenário político atual da cidade de Roteiro.
As Eleições de 2020

Em 2020, os roteirenses elegeram Alysson Reis para a Prefeitura de Roteiro, com a expectativa de ele continuar o trabalho que o seu tio, o saudoso Wladimir Britto, havia começado, e seus representantes para a Câmara de Vereadores.

A composição da casa legisladora ficou assim:

Situação

  • Ednelson Ventura;
  • Jailson de Araújo (Murrão);
  • José Geovânio (Geo);
  • José Sandro (Congonha);
  • Josivaldo Augustos (Val);
  • Maria Cícera da Silva (Toy).

Oposição

  • David Noberto;
  • Flávio Ribeiro;
  • Grazione Fonseca.

E a Presidência da Câmara ficou com um aliado do prefeito recém eleito, Toy, uma vereadora com vários mandatos.

2021 – O início do Mandato

O início do mandato do Prefeito Alysson Reis é marcado por uma política de cortes de gastos e que se sucedeu pelos outros anos, resultando na precarização do serviço público.

Os vereadores de oposição, tiveram um papel atuante na comunidade, fiscalizando e cobrando resposta através de discursos acompanhado por ações como requerimentos, mas por serem minoria, eram vencidos, até porque, alguns vereadores da situação possuíam familiares trabalhando para o município, deixando sempre em suspeição a autonomia dos seu votos.

A LOA para 2023 é aprovada

Em 2022, foi aprovada a Lei Orçamentária para 2023, com resistência da oposição em uma questão sobre o tema. O que fora aprovado em 2022, permitia ao Gestor do município remanejar até 40% do orçamento do município sem que isso passasse pela Câmara. A oposição lutou para que esse valor fosse de 10%, mas foram vencidos. Essa é uma das possíveis razões para o que o município está enfrentando hoje.

A queda da oposição

Em 2023, por um erro do partido dos vereadores de oposição, nas eleições de 2020, todos eles perderam seus mandatos, fazendo com que a configuração da Câmara fosse formada toda ela favorável à gestão.

Os vereadores que assumiram o cargo no lugar dos vereadores que perderam o mandato foram:

  • Adriane Munis;
  • Elitelmo Pedro (Telmo);
  • José Ronaldo (Rona).
Precarização do serviço público

Com a queda da oposição, veio mais prevaricação do serviço público, pois a Câmara, que estava alinhada ao prefeito, tentava resolver esse problemas, em sua grande maioria, com diálogos com a gestão.

Todavia, os atrasos no pagamento de alguns servidores, como os Conselheiros Tutelares, fez a população se mobilizar e pedir explicações e soluções para o que estava acontecendo, pressionando assim os vereadores atuarem.

O sentimento dos roteirenses era de total abandono.

Os Discursos Vazios

Após muitas queixas ao gestor e muitas pressões aos vereadores para que eles tomassem uma posição quanto ao que estava acontecendo, em sessão, no dia 26 de outubro, alguns deles, ainda aliados do prefeito, fizeram discursos que solicitaram explicações ao gestor, mas isso foi visto, por muitos roteirenses, como uma encenação, já que, eles possuíam ferramentas para exigir explicações, mas não usaram, pelo menos até aquele momento.

O Levante

Os roteirenses queriam explicações, medidas, e o silêncio da prefeitura era visto como um desrespeito, e aqueles que tinham o dever de atura, cobrando explicações, estavam inertes quanto a medidas legais.

Foi então que, no dia 7 de novembro, uma notícia abalou Roteiro. A Presidenta da Câmara, juntamente com 6 vereadores, resolveram se afastar da gestão, tornando-se oposição e anunciando Toy como pré-candidata à prefeitura de Roteiro.

O anúncio tornou-se o assunto mais falado da cidade, e cada roteirense tinha uma opinião. Uns diziam que era uma esperança para roteiro; outros, oportunismo; outros, traição; outros ficaram confusos. Eram diversas as opiniões, mas o fato é que se levantava uma oposição. 

A razão para o rompimento, segundo os vereadores, era a de que o prefeito Alysson Reis não estaria honrando o legado de Wladimir Britto, e que não foi por esse plano de governo que eles o apoiaram.

A composição da Câmara ficou assim:

Situação

  • Adriane Munis;
  • Ednelson Ventura.

Oposição

  • Elitelmo Pedro (Telmo);
  • Jailson de Araújo (Murrão);
  • José Geovânio (Geo);
  • José Ronaldo (Rona);
  • José Sandro (Congonha);
  • Josivaldo Augustos (Val);
  • Maria Cícera da Silva (Toy).
O Plano da oposição

Aqueles que, até então, eram oposição articularam, e no dia 8 de novembro, anunciaram que na próxima sessão, na qual seria votada a LOA, eles reduziram a autonomia do Prefeito no que diz respeito ao remanejamento que passaria de 40% para 5%.

A Reviravolta

Ainda naquele mesmo dia, à noite, sai a notícia que dois vereadores do novo grupo que surgiu, desistiram de apoiar a pré-candidatura da Toy para retornar a ser aliado do Prefeito, deixando assim os roterenses em suspense sobre a matéria que seria votada no dia 9 e os motivos que os levaram a essa decisão.

Os vereadores que retornaram a apoiar o Prefeito foram o Elitelmo Pedro (Telmo) e o Josivaldo Augustos (Val), deixando tudo igual, quatro a quatro, todavia a Presidenta, em questões de empate, decide a matéria.

O Ataque

Segundo a presidenta da Câmara, o Prefeito havia ameaçado de demissão os familiares dos vereadores, levando-os a desistir do grupo da Toy.

A sessão do dia 9 foi iniciada, mas não havia quórum para a votação da LOA, pois os aliados do Prefeito não compareceram. Pelo regimento, se faz necessário 2/3 (6) dos vereadores para se votar uma matéria como essa.

Isso parecia uma boa estratégia, pois o Prefeito ganharia tempo, e quem sabe dissolveria o grupo que surgiu para ser sua oposição.

O Contra-ataque

A oposição contra-atacou com uma convocação da Secretária de Finanças, Derlane Rocha, para prestar esclarecimentos à população sobre os salários atrasados e sobre os destinos de verbas. Uma ação inesperada pela população roteirense, pois viram os discursos, que antes eram vazios, agora ganharam materialidade.

Veja como está o cenário atual:

Situação

  • Adriane Munis;
  • Ednelson Ventura;
  • Elitelmo Pedro (Telmo);
  • Josivaldo Augustos (Val).

Oposição

  • Jailson de Araújo (Murrão);
  • José Geovânio (Geo);
  • José Ronaldo (Rona);
  • José Sandro (Congonha);
  • Maria Cícera da Silva (Toy).

Tudo isso tem deixado muitos questionamentos para a população que espera os desfechos dos próximos capítulos.

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