Após a rejeição do projeto de lei que taxaria grandes fortunas, estimando arrecadar R$ 70 bilhões, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reuniu-se com o presidente Lula para discutir alternativas para equilibrar as contas públicas, incluindo cortes de gastos.
O anúncio de que haverá cortes foi bem recebido pelo mercado financeiro, mas gerou preocupação entre a população, que aguarda a definição sobre quais áreas serão afetadas. A previsão é de um corte de R$ 50 bilhões, valor inferior ao que seria arrecadado com a taxação das grandes fortunas.
Essa decisão pode desgastar a imagem do governo, enquanto preserva a da Câmara dos Deputados, que é, na verdade, a principal responsável pelos cortes. Com o tempo, o governo brasileiro tem se tornado cada vez mais refém do parlamento, o que limita sua capacidade de ação.