Mesmo sem o apoio da prefeitura de Maceió, o maior colégio eleitoral de Alagoas, o grupo liderado pelos Calheiros se aproxima da unanimidade entre os prefeitos do estado. O número expressivo, embora não seja garantia de vitória nas urnas, reforça a força política do grupo, especialmente nos municípios menores e mais vulneráveis, onde a influência do poder público é decisiva.
O cenário remete à eleição de 2022, quando Paulo Dantas, apoiado pelos Calheiros, sofreu derrota em Maceió, mas obteve ampla vantagem no interior, principalmente no Sertão. O resultado demonstrou que, embora a capital tenha peso, as regiões com forte articulação municipal podem ser determinantes em disputas majoritárias.
Durante a reunião da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), realizada nesta segunda-feira, o grupo político de Renan Calheiros pode oficializar aos gestores municipais a expectativa de apoio para o próximo pleito. A ausência do prefeito JHC do encontro sinaliza o distanciamento entre os dois principais polos políticos do estado.
Mesmo com divergências regionais, os Calheiros seguem sendo uma das forças mais influentes da política alagoana. Com capacidade de articulação e histórico de vitórias eleitorais, o grupo entra no novo ciclo com uma base consolidada e estratégias voltadas para os redutos em que sua força permanece robusta.
Com isso, a corrida eleitoral em Alagoas ganha forma, e os movimentos desta semana indicam que a disputa deve ser intensa — e novamente marcada por uma polarização entre capital e interior.
