A taxa de desemprego em Alagoas recuou para 7,7% no terceiro trimestre de 2024, marcando o menor índice da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, iniciada pelo IBGE em 2012. O dado, divulgado na sexta-feira (22), representa uma queda de 0,4% em relação ao trimestre anterior, quando o índice foi de 8,1%.
Essa é a segunda vez consecutiva que Alagoas registra uma mínima histórica no desemprego. Entre abril e junho deste ano, a taxa já havia sido a menor até então.
Mercado de Trabalho em Números
O levantamento revelou que, entre julho e setembro, cerca de 107 mil alagoanos estavam fora do mercado de trabalho, uma redução de seis mil em relação ao segundo trimestre, quando havia 113 mil desempregados.
Além disso, o rendimento médio dos trabalhadores alagoanos no período foi de R$ 2.273, representando um crescimento de 6,3% em relação ao trimestre anterior e de 11,6% na comparação com o mesmo período de 2023.
Empregos com Carteira Assinada
Alagoas também registrou avanços no número de trabalhadores com carteira assinada, com 61,8% dos empregados formais, o segundo maior índice do Nordeste, atrás apenas do Rio Grande do Norte (64,9%). Estados como Pernambuco e Sergipe aparecem logo em seguida, ambos com 60,2%, enquanto o Piauí ocupa a última posição regional, com 49,2%.
Fatores de Redução do Desemprego
Segundo William Kratochwill, analista do IBGE, a queda na taxa de desocupação é influenciada pelo segundo semestre, quando as indústrias aumentam as contratações para atender à demanda de fim de ano.
No caso de Alagoas, investimentos estaduais em áreas como infraestrutura, segurança pública e turismo têm impulsionado a chegada de novos empreendimentos, gerando mais empregos e contribuindo diretamente para a redução do desemprego.
Comparações Históricas
Em 2012, quando o IBGE começou a série histórica, a taxa de desemprego em Alagoas era de 11,3%, 3,6 pontos percentuais acima do índice atual. Durante a pandemia de Covid-19, no quarto trimestre de 2020, o desemprego atingiu o pico de 20,4%, com 260 mil pessoas fora do mercado – mais que o dobro dos atuais 107 mil.
A melhora contínua no índice reflete os esforços para fortalecer a economia e gerar mais oportunidades de trabalho no estado, consolidando Alagoas como referência no Nordeste em recuperação econômica e inclusão no mercado de trabalho.
