Morte na Lâmpada

Essa narrativa é baseada nas memórias de uma mulher que perdeu o pai assassinado por causa de uma lâmpada quebrada, quando ela tinha 12 anos de idade, e como isso ressurgiu depois de 18 anos.

A história que vou contar é baseada nas memórias de uma filha que, aos 12 anos, viu seu pai ser arrancado de sua vida por causa de uma lâmpada.

O pai dela era uma pessoa maravilhosa que não merecia ter sua vida ceifada daquela maneira, iniciou ela.

A jovem relembra com muita angústia que um funcionário da prefeitura foi à sua casa, com uma vara em mãos, para dar uma surra em seu pai, conhecido como Zé Pequeno.

O motivo da agressão seria a informação de que Zé Pequeno havia quebrado uma lâmpada da iluminação pública.

Ela contou que seu pai, ao discutir com o funcionário, disse que não tinha sido ele, mas sim alguns trabalhadores da Palateia.

O funcionário, porém, não se convenceu e insistiu que daria uma surra em seu pai para ele aprender a não quebrar os bens públicos.

Seu pai, que havia ingerido álcool, pegou um facão para se defender da ameaça.

Neste momento, o funcionário recuou e disse que iria buscar algo, pedindo que ele esperasse, pois voltaria logo.

Ao retornar, o funcionário estava armado e, ao se aproximar de Zé Pequeno, efetuou um disparo que atingiu o joelho de Zé, que caiu prostrado, chorando e implorando por sua vida. Ele pediu para não ser morto, pois tinha filhos para criar, contou ela.

O funcionário não se comoveu em nenhum momento, e mais dois disparos foram ouvidos. Zé Pequeno agora estava morto.

O desespero tomou conta daqueles que assistiram de perto à cena e viram o autor do crime deixar o local tranquilamente.

A história ressurgiu

Essa história ressurgiu após um dos pré-candidatos, Paulinho do Cartório, afirmar que o passado de Roteiro era marcado por violência política.

Ele relembrou o episódio em que uma pessoa foi morta por causa de uma lâmpada quebrada.

Fábio Jatobá é interrompido e acusado

Fábio Jatobá não gostou dessa afirmação, pois ele era o gestor no período em que esse fato aconteceu.

Ele se pronunciou em um evento político ocorrido em 20 de julho. E enquanto ele narrava como ocorreu o evento que ceifou a vida de um pai, uma mulher invadiu a reunião, apontou o dedo para o ex-prefeito e disse: “você deu a arma na mão dele”. Tratava-se de Deymelanie dos Santos, filha do homem assassinado.

Todos ficaram perplexos enquanto ela acusava e Fábio negava as acusações.

Conversa com Fábio Jatobá

Após o evento, conversamos com o ex-prefeito que reafirmou que não há nada que o ligue à morte de Zé Pequeno.

Conversa com Deymilane

Em seguida, procuramos a filha, que aceitou falar conosco. Suas primeiras palavras foram: “Esperei 18 anos para fazer o que fiz”.

Perguntei o motivo de ela ter invadido o evento e feito o que fez.

Ela respondeu que não gostou de Fábio ter falado do pai dela daquele forma naquele lugar. Acrescentou que ali não era o lugar para aquilo.

Perguntamos se ela havia bebido e se estava alcoolizada.

Ela respondeu que tinha tomado uma cerveja, mas estava bem consciente e lembrava de tudo.

Perguntamos se ela tinha provas de que Fábio teria entregue a arma, e ela respondeu: “não”.

Perguntamos por que ela foi vista com Fábio Jatobá horas depois.

Ela disse que ele a procurou para se desculpar por ter falado o que falou.

Conclusão

A conclusão é que um pai foi assassinado por um funcionário da prefeitura há 18 anos por causa de uma lâmpada quebrada, e, diante da justiça, não há nada que ligue esse caso ao então prefeito Fábio Jatobá.

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